A região do Tejo
Até há pouco tempo os vinhos produzidos no Ribatejo, eram apelidados de Ribatejanos, no entanto como este apelido era sinónimo de vinhos correntes de baixa qualidade, foram estabelecidos novos parâmetros para os vinhos do Vale do Tejo.
Esta região produtora dos vinhos do Tejo é, composta por condições distintas, podendo ser dividia em três zonas. O Campo, situado às margens do Tejo com solos de aluvião e quase planos, é propício essencialmente a produções mais elevadas e a vinhos mais suaves; o Bairro, situado na margem direita do rio, com solos argilo-calcários ondulados por colinas suaves, é propício à produção de vinhos mais encorpados; e a Charneca, situada na margem esquerda do Tejo, com terrenos de textura mais franca e arenosa, originando, assim, vinhos de teor alcoólico mais elevado, mas suaves.
No Tejo são cultivados, atualmente, cerca de 20 mil hectares de vinhas. As castas brancas como as tradicionais Fernão Pires e Arinto representam 60% da produção e as castas tintas, como Castelão e Trincadeira, 40%. A produção total anual atinge 600 mil hls. e são certificados em torno de 85 mil hls, dos quais 80% são vinhos regionais e 20% são de Denominação de Origem Controlada.
CVRT – Comissão Vitivinícola Regional do Tejo
Com o objetivo de valorizar o patrimônio vitivinícola da região, foi criada, em setembro de 1997, a Comissão Vitivinícola Regional do Ribatejo, com atividades que consistiam na promoção e divulgação da marca Ribatejo, além de garantir a certificação de qualidade dos vinhos do local.
A Denominação de Origem Controlada Ribatejo estava, assim, em condições de ser criada. Desta forma, os Vinhos de Qualidade Produzidos nas Regiões Determinadas de Almeirim, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Santarém e Tomar passaram a ter acesso à DOC Ribatejo em seus rótulos. Em 2006, com a definição de requisitos de ordem técnica e organizacional para as entidades certificadoras, a CVRR se alinhou aos novos requisitos legais e constituiu uma nova entidade. Em 2008 ela foi extinta e deu lugar à Comissão Vitivinícola Regional do Tejo, que, na prática não difere da CVRR, mas representa a sua evolução.
VINHOS EXCLUSIVOS E DE QUALIDADE
Os vinhos têm uma história para contar e contam-na de facto, falam-nos das suas origens.
Enquanto está na garrafa, o vinho é meu escravo; fora da garrafa, sou escravo dele.”
Juan Luis Vives