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Abrantes

Abrantes

Cidade de Abrantes

História e pequena descrição desta linda cidade

Abrantes é um dos maiores concelhos do país. Localizado na fronteira das províncias do Ribatejo, Alto Alentejo e Beira Baixa, numa encosta a cerca de 800 metros de altitude, sempre constituiu um bom reduto defensivo natural. Do alto do seu castelo abrange-se um horizonte visual de quase oitenta quilómetros. Dos miradouros da Porta da Traição e da Torre de Menagem avista-se, a sul, o panorama das lezírias do rio Tejo. A norte, podem ver-se os pinhais que bordejam as margens da albufeira de Castelo de Bode. Nas margens do Tejo vêem-se os restos da antiga ponte romana e as típicas bateiras do Tejo.

 

Desde a época da ocupação romana, quando o seu nome era Tabucci, até ao final da Idade Média, o desenvolvimento do concelho, situado no chamado Médio Tejo, foi sempre ajudado pela sua localização geográfica, tendo sido, ao longo da sua história, um ponto estratégico importante para a segurança da Beira e do Alentejo, integrando-se na linha dos castelos do norte do Tejo durante a Reconquista.

 

O nome Abrantes terá derivado de Aurantes, devido à quantidade de ouro que era retirado das areias do rio. De D. Afonso Henriques recebeu, em 1179, o seu primeiro foral. Afonso II restaurou-lhe os meios defensivos e, segundo a tradição, ordenou a construção da igreja de Santa Maria.

 

Doadas, em 1281, à Rainha Santa por D. Dinis, as terras do concelho foram usadas por Nuno Álvares Pereira e por D. João para se reunirem e estacionarem as suas tropas antes de se dirigirem para Aljubarrota. Os reis D. João II e D. Manuel I viveram longo tempo no antigo Paço Real de Abrantes, cidade que assistiu ao nascimento de alguns príncipes reais.

 

No século XVI, era uma das maiores e mais populosas terras do país, ocupando-se sobretudo do comércio fluvial. Foi agraciada com o título de Notável por ter sido, em 1641, a primeira terra portuguesa, para além de Lisboa, a proclamar a independência e a aclamar o rei D. João IV.

 

Em 1663, D. Afonso VI, temendo uma invasão espanhola, ordenou a reconstrução das antigas fortificações de Abrantes. A partir dessa data, a fortaleza passou a estar quase sempre sujeita a obras de caráter militar, uma vez que aí se encontrava uma legião de tropas escolhidas que integrava artilharia, cavalaria e infantaria, num total de três mil homens.

 

Abrantes é muitas vezes designada de “Cidade Florida”, em boa parte devido à tradição dos concursos das Ruas Floridas, durante os quais a cidade se enfeita de flores. A vocação especial para o culto da flor conferiu-lhe já o título de Cidade Florida de Portugal.

 

O feriado municipal, assinalado a 14 de junho, celebra o dia de elevação de Abrantes à categoria de cidade. É neste período que se realizam as Festas da Cidade, que durante uma semana dinamizam toda a região com atividades diversas.